Que além de mestre, seja gente.
Que tenha delicadeza em corrigir meus erros, mas que não o deixe de fazer.
Que me trate com respeito, não precisa ser meu amigo, mas lembre-se que tenho sentimentos.
Que entenda quando eu não posso ir à aula, e não me julgue sem antes saber os trabalhos que enfrento para tentar adquirir um pouco de conhecimento.
Procuro um professor que não fique só reclamando do seu salário e que não esqueça porque escolheu ensinar.
Procuro um professor capaz de reconhecer seus erros, e com isso me de exemplo de humildade.
Procuro um professor que tenha princípios e não se deixe corromper pelo desânimo de muitos.
Procuro um professor que me conheça, pois sou única não existe outro ser igual a mim, e com isso no mínimo deva saber meu nome.
Procuro um professor...aquele de antigamente que tinha orgulho da sua profissão e consegüentemente era citado como exemplo.
Procuro um professor que tenha um sorriso acolhedor e que me ampare quando não ficou do seu agrado, ao invés de se tornar indiferente.
Procuro um professor quase em extinção, agradeço por ter conhecido, embora poucos, mas grandes exemplos de educadores, que muitas vezes nem imaginavam, mas um elogio que partisse de suas bocas, bastava para me dar forças para continuar.
Sinto pelas novas gerações, que talvez para essas não fará diferença aprender com um professor ou com uma máquina, pois nenhum irá sorrir.
Patrícia Proença
25 de julho de 2007.
