
Na mitologia grega encontramos uma figura bem interessante, porém, muito cruel... Trata-se de um malfeitor chamado Procusto que habitava em uma floresta e possuía uma cama de ferro com a medida exata de sua estatura. Todos os visitantes de Procusto eram forçados a deitar em sua cama e os que eram demasiados altos, tinham o excesso de seu comprimento amputados de modo a se encaixarem na cama. Por outro lado, os visitantes de menor estatura eram esticados até alcançarem o comprimento suficiente.
Conheci essa história bem no início da faculdade, onde o linguista Marcos Bagno comparava as atitudes de Procusto com os métodos tradicionais de ensino que possuíam um molde exato. Os alunos deveriam se encaixar perfeitamente nesse molde, não importando se tivessem de ser amputados ou esticados para isso.
Para os mais jovens talvez essa história não faça muito sentido (como a luta pela liberdade de expressão não fazia muito sentido pra mim, pois já conheci uma sociedade livre, diferente das pessoas que tiveram que lutar por essa liberdade no período da ditadura militar). Hoje os métodos educacionais estão bem mais flexíveis, o aluno pode pensar por si mesmo, é incentivado a criar "seu próprio" método de aprendizagem e é estimulado pelo professor (pelo menos deveria) a ter um olhar crítico diante de tudo que o cerca... O aprendizado vai muito além das quatro paredes da sala de aula, ou à cama de Procusto.
Mas se pararmos para refletir, esse mito de Procusto vai além, muito além da área específica da Educação, pois representa a intolerância do homem em relação ao seu semelhante. Precisamos tomar o cuidado para não agir da mesma forma, pois a nossa tendência é sempre criar "nossos padrões" de vida, de pensamento, de atitudes, de conceitos e "pré-conceitos"...
Amputamos e esticamos muitas pessoas com justificativas banais, e em uma sociedade tão individualista, essas atitudes são consideradas "normais", - Quem já não foi amputado ou cortado algum dia? Quantas vezes já nos sentimos "marionetes" nas mãos de alguém ou de um sistema que insiste em ditar regras?
Não temos o direito de podar as pessoas, seu modo de ver e viver a vida, simplesmente por elas não se encaixarem ao nosso padrão... Assim como ninguém tem esse mesmo direito de limitar nossas ações. Respeito acima de tudo!
Conheci essa história bem no início da faculdade, onde o linguista Marcos Bagno comparava as atitudes de Procusto com os métodos tradicionais de ensino que possuíam um molde exato. Os alunos deveriam se encaixar perfeitamente nesse molde, não importando se tivessem de ser amputados ou esticados para isso.
Para os mais jovens talvez essa história não faça muito sentido (como a luta pela liberdade de expressão não fazia muito sentido pra mim, pois já conheci uma sociedade livre, diferente das pessoas que tiveram que lutar por essa liberdade no período da ditadura militar). Hoje os métodos educacionais estão bem mais flexíveis, o aluno pode pensar por si mesmo, é incentivado a criar "seu próprio" método de aprendizagem e é estimulado pelo professor (pelo menos deveria) a ter um olhar crítico diante de tudo que o cerca... O aprendizado vai muito além das quatro paredes da sala de aula, ou à cama de Procusto.
Mas se pararmos para refletir, esse mito de Procusto vai além, muito além da área específica da Educação, pois representa a intolerância do homem em relação ao seu semelhante. Precisamos tomar o cuidado para não agir da mesma forma, pois a nossa tendência é sempre criar "nossos padrões" de vida, de pensamento, de atitudes, de conceitos e "pré-conceitos"...
Amputamos e esticamos muitas pessoas com justificativas banais, e em uma sociedade tão individualista, essas atitudes são consideradas "normais", - Quem já não foi amputado ou cortado algum dia? Quantas vezes já nos sentimos "marionetes" nas mãos de alguém ou de um sistema que insiste em ditar regras?
Não temos o direito de podar as pessoas, seu modo de ver e viver a vida, simplesmente por elas não se encaixarem ao nosso padrão... Assim como ninguém tem esse mesmo direito de limitar nossas ações. Respeito acima de tudo!